Em suas pesquisas os neuromarqueteiros utilizam os aparelhos que fornecem imagens do cérebro para saber que áreas são ativadas quando a pessoa é exposta a marcas, produtos, imagens ou falas de políticos. Desta forma, ao detectarem as emoções pode-se produzir respostas e campanhas concretas. Na opinião do coordenador do curso de Marketing no Varejo do Centro Universitário Senac, Luiz Cláudio Zenone, o neuromar- keting traz novos conceitos e a metodologia necessária para que as empresas não apenas sobrevivam às turbulências de mercado, mas adquiram vantagens com- petitivas que permitam crescimento nos negócios. “Esses conhecimentos das reações do consumidor podem se transformar na fórmula mágica para levar o cliente a uma atitude desejada pelas organizações”, afirma Zenone.
Os primeiros estudos sobre neuromarketing foram nos anos 90. O médico Berry Zaltman da Universidade de Harvard, foi pioneiro no desenvolvimento de pesquisas nessa área. Em 2001, a empresa americana de marketing Bright House, de Atlanta, que tem como principal cliente a Coca-Cola, passou a explorar comercialmente esse filão de mercado. No cenário político, pesquisadores da Universidade da Califórnia também utilizaram as descobertas para testar a aceitação ou rejeição do público frente aos candidatos.
Polêmica
Embora os profissionais de marketing sejam usuários pioneiros de novas tecnologias, no Brasil, aparen- temente, ainda persiste grande desconhecimento a respeito dessa nova ferramenta, principalmente nos meios empresariais. Vários aspectos relacionados a esse tema continuam obscuros, e isso dá margem a interpretações dúbias. “É ética essa atitude? O risco está no fato de que as empresas comecem a investigar nossos cérebros, mapeando as atividades neurais que conduzem o processo de escolha de um produto ou marca”, disse Zenone, em tom interrogativo. No entanto, profissionais envolvidos nessas pesquisas negam que o conhecimento do consumidor mediante o neuromarketing possa modificar o comportamento, uma vez que o processo serve apenas como mais um estudo de mercado.
Para o médico neuroradiologista do Hospital das Clínicas, Edson Amaro Júnior, esse tipo de exame ainda não pode ser usado como uma das ferramentas estratégicas mercadológicas para detectar o gosto e perfil do consumidor. “É difícil predizer o que as pessoas gostam e o que querem consumir.” Segundo ele, os marqueteiros de plantão tendem a se aprofundar no estudo do cérebro humano para que, no futuro, essa possa ser uma estratégia para se chegar ao bolso dos consumidores. O médico, conhecido nacionalmente por seus estudos neuroradiológicos, pesquisa atualmente como os exames radiológicos podem flagrar o que se passa no cérebro humano. Unidos aos seus trabalhos, publicitários e comunicólogos têm se esforçado na compreensão da emoção dos clientes. Só para se ter uma breve idéia, num desses trabalhos, pesquisadores notaram que voluntários testados reagiam às imagens violentas com uma atividade maior do cérebro, em relação a quando eram expostos a cenas de terror.
fonte: http://www.diarioweb.com.br
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