Realmente vale tudo pelo engajamento?

Recentemente, me deparei com uma situação inusitada no Threads que me fez refletir sobre o que realmente vale no universo do engajamento digital. Um post chamou minha atenção:

“Gente, vocês se interessam por carteirinha de estudante? Todo ano eu faço, não é esquema, é tudo oficial, mas muita gente não sabe como fazer”.

A partir desse post, várias pessoas comentaram pedindo informações, e a autora respondia um a um, estranhamente os comentários dela quando tentava ler não abria (provavelmente por ter comentando exatamente a mesma coisa a plataforma ocultou automaticamente achando que era spam). Até que uma pessoa comentou:

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“Tem várias pós-graduações gratuitas ead. Se matricule, peça o certificado de matrícula, faça o pedido online e pronto”.

A autora respondeu:

“É exatamente o que estou ensinando. Não tenho culpa que ninguém leia as centenas de mensagens que já enviei aqui nos comentários”.

nota: o post tinha só um pouco mais de cem comentários contando com os dela.

Foi quando eu sugeri:

“Não precisa fazer centenas de comentários. Você faz um ensinando e fixa. Quem não achar, procura…”.

A resposta foi imediata e cheia de soberba:

“Você não entende muito de engajamento, né?”

A partir desse ponto, o debate tomou um tom sarcástico da minha parte, confesso, com ela destacando seu faturamento mensal de R$3 mil com um e-book de renda-extra para tentar justificar sua estratégia e seu valor. Essa experiência me levou a duas reflexões:

• Por que muitas pessoas na área digital (ou que se acham da área) insistem em mostrar valor apenas através de ganhos financeiros?

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• Até que ponto vale qualquer coisa pelo engajamento?

Engajar não é sobre quantidade, é sobre qualidade

Neste novo ano já vou completar 25 anos formada em publicidade e propaganda com ênfase em marketing, uma época que o digital nascia e desde lá acompanho o crescimento, não só por estudos como aplicando o que sei obviamente com meus clientes. Não faz tanto tempo a palavrinha do momento: ‘engajamento’, tem sido como um mantra. Mas engajar precisa ser estratégico, mais do que engajar, é necessário engajar as pessoas certas: o público-alvo.

Isso significa criar conteúdo que ressoe com as necessidades e interesses desse público. Estratégia é o alicerce para garantir que o engajamento leve a resultados reais. Caso contrário, podemos estar falando apenas de métricas de vaidade. O verdadeiro engajamento vem da consistência, relevância e autencidade.

A grande verdade é que as plataformas não favorecem conteúdo comercial sem investimento em mídia paga. Redes sociais são empresas e vivem de lucros; portanto, a visibilidade orgânica é limitada.

Por outro lado, conteúdo “vazio” viraliza com facilidade. Influenciadores sem um nicho ou expertise definida conquistam notoriedade, muitas vezes por situações absurdas ou polêmicas.

Engajar por engajar pode trazer volume, mas não necessariamente resultados qualitativos e significativos.

Um conteúdo bem pensado e direcionado ao público certo pode gerar menos interações, mas mais conversões. No fim das contas, não é sobre atingir qualquer um, mas sobre atingir quem importa.

Como profissionais precisamos entender se queremos apenas visibilidade ou queremos construir algo com mais verdade e propósito.

Reflexão sobre estratégias e resultados

A autora do post no Threads parece ter investido tempo e energia em uma abordagem voltada ao engajamento em massa, promovendo uma publicação relacionada à emissão de carteirinhas de estudante e, indiretamente, torcendo para que as pessoas entrassem na sua bio, clicasse no link e comprassem seu e-book de renda-extra.

No entanto, a própria plataforma reconheceu o caráter repetitivo da ação, ocultando ou limitando os comentários iguais que havida feito, o que pode ter sido interpretado como spam.

Embora sua intenção fosse aumentar as vendas do e-book, acredito eu, a estratégia não necessariamente gerou um impacto significativo no faturamento, especialmente considerando que a própria autora compartilhou anteriormente um valor modesto de vendas mensais.

Isso levanta uma questão essencial: engajamento quantitativo pode até chamar atenção, mas sem uma abordagem estratégica, dificilmente se traduz em resultados consistentes ou escaláveis.

Espero que ela consiga descer alguns degraus, refletir sobre o ocorrido e identificar pontos de melhoria. Com um pouco mais de estratégia e foco em um público bem segmentado, é muito provável que seus resultados possam ser ampliados, levando não só a um faturamento maior, mas também a uma percepção mais positiva sobre a qualidade do conteúdo que oferece.

Saudades dos tempos de Orkut quando existiam discussões que eram uma verdadeira troca de figurinha sem topar com essa nova geração que já chega com o ego inflado.

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