Se estiver passando pelo desafio de escolher um nome para a sua empresa, talvez a Odete ajude!
Em tempos de Luís Augusto (ou Bráulio para os mais antigos), não me esqueço do conselho de um amigo de trabalho quando decidíamos o nome de uma startup que estávamos investindo. A empresa tinha um nome bastante genérico e por esta razão seria impossível diferenciá-la no mercado. Diante do impasse na escolha do nome, que tal chamá-la de Odete enquanto seguimos em frente com outras decisões e ações importantes? – sugeriu.
A Odete nunca chegou a ser utilizada como nome da empresa, mas algo semelhante aconteceu com o nome Daniel. Daniel Fitipaldi era o estagiário responsável por receber todas as sugestões de nome enviadas pelos sócios e outros funcionários da startup que vendia sapatos pela internet.
Todos deveriam enviar suas ideias para o seu endereço de e-mail que começava com Dafiti. Como ninguém conseguia definir o melhor nome, optaram por usar como nome da empresa o e-mail do estagiário. O nome Daniel também foi utilizado em outra solução caseira. Quando Isaac Carasso precisou escolher um nome para a sua fábrica de iogurte fundada por ele em 1919 em Barcelona, optou pelo nome do seu primeiro filho, Daniel, adotando inicialmente seu apelido Danon e depois juntando sabe-lá-como Dan e one (filho número 1), que viria a se tornar apenas Danone.
Enquanto alguns fazem associação com nomes de pessoas próximas, outros empreendedores batizaram seus negócios com os nomes dos seus… cachorros. Mesmo que tenha jogado FarmVille ou Mafia Wars talvez não se lembre da Zynga, a empresa que é dona destes games e tampouco do seu logotipo, um bulldog. Na falta de um nome melhor, Mark Pincus deu o nome do seu animal de estimação para a empresa que atualmente vale cerca de US$ 1,6 bilhão.
Ideia semelhante teve James Jannard ao criar uma empresa, a Oakley, que, inicialmente, fabricava peças para motos, mas que depois ficou famosa por seus óculos.
Outros empreendedores optaram por usar nomes dos seus personagens literários preferidos. Atualmente o nome Starbucks parece sofisticado e vencedor, mas é nome de um dos personagens do livro Moby Dick e foi o melhor da criatividade de Gordon Bowker e Zev Siegl, co-fundadores da rede de cafeterias, que na época eram escritor e professor de inglês, respectivamente. De forma semelhante, Jesse Shwayder, chamou sua empresa de Sansão, pois admirara suas histórias de força. Anos depois, mudou o nome da sua fábrica de malas para Samsonite.
E enquanto alguns empreendedores não gastam muito tempo na escolha do nome das suas empresas, outros ficam horas e horas criando nomes que não significam absolutamente (e propositalmente) nada. Reuben Mattus ficou criando palavras inexistentes até chegar a um termo que, no seu entendimento, soava dinamarquês para a sua sorveteria: Häagen-Dazs.
E George Eastman seguiu o mesmo processo. “Eu inventei o nome sozinho. A letra K era a minha favorita. Parecia um tipo de letra forte, incisiva. E isto se tornou um desafio: tentar um grande número de combinações de letras que começavam e terminavam com K. O resultado foi a palavra Kodak” – explicou, certa vez, o fundador da indústria fotográfica moderna.
Mas estes exemplos são apenas curiosidades quase sem aplicação prática. Os empreendedores, em geral, escolhem os nomes das suas empresas pela análise dos seus sobrenomes como Disney, Ford, Dell; fazendo associações diretas como Oracle (oráculo), FloresOnLine, Salesforce; combinações de termos como Microsoft (Microcomputer Software), Compaq (Compact Quality), Intel (Integrated Electronics); ou mesmo forçando associações distantes como a Nike (Deusa grega da vitória), Sony (som em latim) e Viagra (Vigor e Cataratas do Niágara) – que se tivesse sido criada no Brasil, talvez se chamasse Viguaçu
autor: Marcelo Nakagawa
fonte: Estadão – Blog Empreendedor
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