Não tenha medo daquele sobrinho do cliente que diz fazer o mesmo que você por um preço menor. Entenda a escala de valores entre vocês dois e cobre o preço de sua experiência com resultados.
Por que devo contratar um designer? Todos nós já ouvimos a pergunta. Mas sua formulação não tem nada a ver com a insensibilidade ou mesmo com a avareza do cliente. Ela é, isto sim, fruto da discrepância entre escalas de valor dos clientes e dos fornecedores.
Em outras palavras: o cliente não entende por quê o sobrinho dele não pode fazer o mesmo trabalho e por um preço bem mais camarada.
Para tentar encontrar uma solução ao impasse, primeiro precisamos entender o que é valor. Quando determinado serviço traz um benefício que, para o cliente, é maior do que o preço por ele pago, este serviço tem valor para aquele cliente específico.
Portanto, valor é um conceito subjetivo, dependendo principalmente das percepções do tomador de serviço.
É exatamente como a já famosa fábula do martelo, onde um mecânico cobra um valor astronômico por um reparo feito em segundos em um motor quebrado. O cliente, sem enxergar o valor da solitária martelada que resolveu seu problema, recebeu como resposta a composição do custo: 99% experiência, 1% trabalho.
Como fazer um cliente, cuja cabeça é normalmente orientada a custo, entender a importância do trabalho do designer em um mundo onde as ferramentas de produção estão amplamente disponíveis a custos que se aproximam do zero?
A resposta, novamente, passa pela percepção de valor.
O designer, como especialista em sua área, é o mecânico que desfere aquela martelada certeira, resolvendo o problema da maneira mais rápida e eficaz possível. Algo que o sobrinho do cliente dificilmente conseguiria.
autor: Pedro Calda
fonte: webinsider