O termo branding é mal compreendido e está sendo usado para explicar qualquer coisa. No entanto, atrair consumidores para a sua marca é o trabalho mais relevante que um profissional de marketing pode fazer.
De uns tempos para cá, em toda parte começou a aparecer o termo branding, a buzzword preferida dos marketeiros. Tudo é uma questão de branding, ações de marketing viraram ações de branding, as justificativas de se estourar o orçamento deste mês são, sem dúvida, um problema de branding, e até algumas agências de design viraram agências de branding.
No começo desse mês, eu li no Branding Strategy Insider esse post, que fala sobre como o branding está precisando trabalhar no seu próprio branding.
Eu explico. O abuso do termo não é exclusivo dos brasileiros, e tem causado irritação e frustração nos outros profissionais (que não os de marketing) nas empresas. Porque na prática, como o termo branding está sendo usado para explicar qualquer coisa, tem virado piada e sinônimo de blá-blá-blá. Quando foi que a palavra virou algo misterioso que não sabemos bem a que se refere?
Uma marca ou brand é a percepção dos consumidores sobre um produto, serviço, experiência ou organização. Não o que os profissionais de marketing pensam que a marca é, mas o que ELES, os consumidores acham que ela é.
Portanto, por princípio, não existe marca em um escritório de design. Ou num boardroom. A marca está nas ruas, nas casas, sendo vivida e experimentada. O design, o sistema de identidade de uma marca, é sim, importantíssimo, crucial. É a estratégia em forma visível, como dizia o pioneiro Wally Ollins. Mas não é a totalidade do que é a marca.
Para a American Marketing Association, branding não é fazer com que um consumidor escolha uma marca ao invés da marca concorrente. É fazer com que um potencial consumidor perceba a marca como a única solução para o que ele busca. A única escolha lógica para o que ela está oferecendo. Branding é um sistema de comunicação que deixa claro porque a marca importa. É achar e comunicar algo que atraia os consumidores para a marca, ao invés de você ter que caçá-los de modos, algumas vezes, bem caros.
E não adianta ser apenas diferente. Diferente é ótimo, claro. Nossa atenção vai direto para o que é diferente. Tem que ser relevante. Tem que ser solução. E não porque eu digo, mas porque o consumidor, o usuário está dizendo.
Branding é atrair esses consumidores para a sua brand. É o trabalho mais relevante e de maior ROI que um profissional de marketing pode fazer. Branding te faz saber o que dizer antes mesmo de que você abra a boca. Portanto o diretor financeiro tem que cobrar o bom branding, porque ele aumenta as chances de retorno do investimento na marca. E não ter medo de quando o diretor de marketing usa a palavra de modo enigmático.
Da próxima vez que ouvir o termo mal-utilizado, passe a mensagem para frente. Pergunte o que o consumidor achou. Pergunte como isso torna a marca a escolha lógica. Como isso atrai os consumidores para que não se tenha que caçá-los. Para que quando formos falar de branding, falemos de verdade, que o assunto é importante.
autora: Monica Sabino
fonte: [Webinsider]
Para Completar
Lá no [Webinsider] onde estava este texto li muitos comentários mas teve um que com certeza tem que ser bem destacado, pois pra mim realmente definiu muito bem TUDO, já que o texto acima feito pela Prof Monica Sabino assim como algumas pessoas achei bem vago usando até partes de texto encontrados no wikipedia epela internet afora, sem acrescentar muito a este tema, bom vamos ao comentário que merece um belo destaque:
Henry Ussami Koeke escreveu:
Eu concordo que a utilização do termo “branding” é abusiva e mal colocada em muitas situações. Muito disso se deve a fato de que nem os profissionais que estudam e trabalharam diretamente com isso sabem definir de uma forma clara e uniforme o verdadeiro conceito do que é o Branding.Tentar definir o seu verdadeiro conceito pode gerar uma discussão complexa e prolongada, com grandes chances de não se chegar a uma definição exata. No entanto, dizer que o Branding é a percepção dos consumidores com relação a uma marca limita o real potencial do conceito do Branding.Confundir ações de Branding com ações de Marketing é um erro muito comum cometido por todos os profissionais. Na minha opinião, Branding e marketing são coisas distintas que no final se unem em prol de um objetivo em comum. O Branding define quem a marca é ou vai ser, alinhando os conceitos extraídos dos produtos e serviços que levarão essa marca e os valores da empresa. Já o Marketing tem a missão de, além de “fazer vender mais”, conciliar suas ações à “personalidade da marca” definida pelo Branding, fazendo com que os consumidores reconheçam essa marca da maneira que ela é ou vai ser.É por isso que a idéia de reposicionamento de marca vem sendo aplicado com maior freqüência. A possibilidade de tornar uma marca no que você quer que ela seja, faz do Branding um conceito muito complexo e de várias interpretações.
As ações de marketing refletem diretamente no reconhecimento da marca por parte dos consumidores, e isso faz com que exista uma proximidade muita grande entre o Branding e Marketing, no entanto acredito que todos os pontos de contatos são relevantes para que o reconhecimento de uma marca esteja alinhado a sua real “personalidade” não importando qual a área do profissional ligado a marca, e sim que ele esteja muito bem alinhado com o DNA da mesma.
Para completar mais ainda este post um link interessante, clique aqui, lá você vai encontrar definições sobre Branding e além disso 2 livros bem interessante sobre o tema para download gratuito.
E para entender ainda mais uma definição simples de Branding, uma sacada bem humorada, clique aqui.
Respostas de 2
Agradeço ao destaque dado ao meu comentário feito no Webinsider.
Henry Ussami Koeke
Magina 😉 mandou muito bem no comentário lá na época 😉 abraços e brigadão pela visita 😉