- O processo gráfico usa 4 cores básicas (CMYK) na tentativa de reproduzir todas as cores que o olho humano pode enxergar. Diz-se tentativa porque é impossível fazê-lo com certas cores, fato que explica por que algumas cores da sua foto podem ser inatingíveis. Portanto, se uma determinada cor em seu projeto gráfico é extremamente importante, considere o uso de cor especial que, embora eleve o custo final do impresso, pode ser a única forma de reproduzi-la corretamente. Esse problema acontece principalmente com laranjas, azuis e verdes muito limpos e luminosos.
- Por características inerentes às tintas offset, as combinações de ciano chapado somado ao magenta com carga acima de 30% tendem a manchar quando impressas em grandes áreas.
- Em impressão offset a soma dos percentuais de cores (Ciano + Magenta + Amarelo + Preto) nunca deve ultrapassar 360%. Caso você combine as cores CMYK com percentuais que ultrapassem esse valor, estará criando sérios problemas na impressão, pois o suporte de impressão (normalmente o papel) não conseguirá acomodar tanta tinta sobreposta. É importante lembrar que as provas digitais não padecem da mesma limitação que a impressão offset e, portanto, não servirão como alerta. Os programas de manipulação de imagens como o Photoshop, por exemplo, permitem um acerto que limita automaticamente este valor. Lembrando que com 280% de sobreposição, já se consegue uma razoável gama de cores.
- As áreas chapadas (principalmente as escuras) costumam manchar muito, quando em contato com a gordura naturalmente presente nos dedos de quem manuseia o impresso. Para evitar isso, é interessante aplicar algum tipo de proteção (seja verniz de máquina ou laminações, como plastificação e bopp para resguardar o impresso. Este problema é mais crítico quando se imprime sobre papel couché fosco. Tintas metálicas agravam ainda mais a situação.
- Ao usar couché fosco, deve-se evitar grandes áreas chapadas. Devido às características físicas desse suporte, problemas de ancoragem da tinta são comuns, o que provoca muitas vezes um falso diagnóstico de que a tinta não secou. Na verdade, o problema é causado pelo desprendimento do pigmento da superfície do papel ao sofrer atrito. Uma outra forma de lidar com o problema, como já falado anteriormente, é aplicar algum tipo de proteção.
- É uma grande dica evitar, em seu projeto gráfico, a colocação de fotos ou ilustrações abaixo ou acima de elementos gráficos com grande área e grande carga de tinta. Lembre-se: a impressão offset é um processo dinâmico, ou seja, o mesmo sistema de rolos que transfere tinta para o elemento chapado precisará transferir menos tinta para a foto, e isso em grande velocidade. Resultado: torna-se muito difícil regular a distribuição de tinta para atender a “interesses” tão antagônicos. Como os sistemas de provas digitais não sofrem essa limitação, o resultado mostrado por elas pode ser irreproduzível. Vale notar: se a cor de fundo, como mostrado no exemplo, for especial, o problema inexiste.
- Retículas impressas ao lado de elementos chapados não devem ultrapassar 50%, sob risco de entupimento. A causa é, como já explicado, a dinâmica da impressão offset.
- Ao fazer um chapado preto, é interessante “calçá-lo” com 60% de ciano. Procedendo assim, você estará garantindo uma cobertura de tinta uniforme e sem falhas e não estará causando problemas na impressão.
- Encaminhe sempre um modelo (boneco, mockup) que demonstre as dobras, a sequência de intercalação, a colagem, enfim, qualquer outra informação que julgar preponderante. É uma maneira ideal de evitar mal-entendidos.
- Quando vazar um texto sobre imagens ou fundos chapados, nunca utilize uma fonte light, pois neste caso você terá o texto com pouca legibilidade.
- A sangria deve ser de, no mínimo , 3mm até 5mm das marcas de corte. Com isso você evita que possam aparecer filetes de papel não imp ressos após o refile.
- Não deixe textos ou qualquer outro elemento gráfico muito próximos à margem (referência de corte) das páginas. Muitas vezes são necessários alguns ajustes no corte para corrigir erros de projeto. Nestes casos, os elementos posicionados próximos à margem limitam estes ajustes e podem sair cortados.
- Todo impresso com dobra tem, obrigatoriamente, as páginas contadas em múltiplos de quatro. Ou seja, não é possível a confecção de uma revista com 10 páginas.
- Quando o acabamento de uma publicação for com grampo canoa, e esta possuir diversas lâminas, é importante compensar para menor no formato das lâminas internas, pois a acumulação da espessura do papel as desloca para fora.
- Um impresso em 4×2 cores (escala frente e cores especiais no verso) sempre terá um custo de impressão maior que um impresso em 4×4 cores de escala.
- Mais sobre custos: em impressoras 4 cores, a diferença de custo para impressão de um trabalho em 4×4, se comparado a um 4×2 cores de escala, pode ser insignificante.
- Ainda sobre custos: existem formatos padronizados nos quais os papéis são fornecidos para as gráficas. Verifique se o seu projeto contempla um bom aproveitamento. Muitas vezes, por causa de 0,5 cm muda-se o aproveitamento do papel e pode haver uma diferença enorme no custo.
- Papéis ou cartões com faces não iguais (vergê, cartão supremo, triplex, couché L1, monolúcido, etc) não permitem a utilização do recurso de impressão “bate e vira”, pois possuem lados com texturas diferentes.
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fonte: www.ciaem.org.br
Uma resposta
Incrível muita agencia anunciar em jornal e mandar uma arte com qualidade de revista… o resultado muitas vezes não é satisfatório.. ainda mais quando o texto legal vem acima de fundos coloridos, afinal nunca o que você vê na tela ou impressa na impressora (com o perdão da redundância) fica do mesmo jeito num jornal…