Como uma solução possível, a classe dos profissionais adotou design, em inglês, e foi assim que a mais recente proposta para o reconhecimento da profissão foi submetida ao Congresso Nacional (1993). Tal decisão foi referendada pelos profissionais e estudantes da área durante o V ENDI (Encontro Nacional de Desenhistas Industriais), realizado em 1988 em Curitiba, no Paraná.
Os argumentos a favor do uso do termo design giram em torno da nítida separação entre técnicos (desenhistas) e projetistas criadores (designers) e ainda no uso internacional do termo. Este é um argumento de peso, especialmente na América Latina, onde os profissionais adotaram diseñador e diseño e nos países europeus e nos Estados Unidos, onde designer e design tem sido inequivocamente associados à área.
A adoção desta nomenclatura supõe que design signifique o planejamento de produtos para diferentes indústrias, sendo cada tipo de planejamento identificado pela indústria fim: design industrial para o projeto de produtos; design gráfico para o projeto de produtos gráficos; design têxtil para o projeto de tecido e assim por diante.
As primeiras escolas de Design, estabelecidas nos anos 1960, responsáveis pelo batismo da profissão emergente, optaram pelo termo Comunicação Visual, sendo o profissional o comunicador visual. Quando da projetada adoção de Design para denominar os cursos, algumas escolas adotaram design industrial para projeto de produto e conservaram comunicação visual para design gráfico. O currículo mínimo dos cursos, aprovados pelo Ministério da Educação, nomeia o genérico de desenho industrial, sendo a programação visual a área relativa ao projeto de artefatos gráficos. Neste caso o profissional é desenhista industrial com habilitação em programação visual ou programador visual.
O ICOGRADA ( Internacional Council of Graphic Design), em seu comitê para a Educação em Design Gráfico para a América Latina, considerou design gráfico e comunicação visual como sinônimos.
O que é design
Entende-se por design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a segurança e a satisfação dos usuários. O design é uma ferramenta que permite adicionar valor aos produtos industrializados, levando a conquistas de novos mercados.
As empresas têm usado o design como poderoso instrumento para introduzir diferenciações nos produtos e destacar-se no mercado, perante os seus concorrentes. Hoje ele é um dos principais instrumentos para as empresas competirem nos mercados nacional e internacional.
Como se manifesta
O design se manifesta, principalmente, através de duas qualidades: funcionalidade e estilo. As pessoas sempre associam design ao bom gosto, a algo bem feito. Os melhores recursos que temos para descobrir o design são os nossos sentidos, principalmente os da visão e do tato, empregados no uso do produto ou serviço.
Outras formas de design
Nos últimos anos, novas modalidades de design tem sido inseridas no cenário profissional tais como o design ambiental, que procura reduzir o impacto causado pela produção em escala industrial sobre o meio ambiente, promovendo a utilização de materiais alternativos, a combinação de diferentes matérias-primas e evitando o desperdício; o design cênico, que projeta palcos para teatro, música, balé, cenários para cinema e produções de TV; o webdesign, que projeta websites e apresentações gráficas para a Internet; o design de vitrines, cujo trabalho é aplicado nas lojas, melhorando a exposição dos produtos, atraindo consumidores e facilitando as vendas e o design de interfaces, que projeta as telas dos programas de computador.
Bibliografia
– BOMFIM, Gustavo Amarante. “Idéias e formas na história do Design”. UFPB, João Pessoa, 1998.
– CUNHA LIMA, Edna. “Design Gráfico, um conceito em discussão”. Anais do P&D Design 96. p.25-33.
Uma resposta
de onde vem o design??