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Mídias sociais e AI, a nova saga do webmarketing

A entrada das mídias sociais no marketing das empresas impacta na arquitetura da informação – é preciso organizar os espaços para receber e exibir o conteúdo compartilhado.

Fãs de Tolkien imaginem a cena: a elfa Galadriel – personagem da trilogia Senhor dos Anéis e moradora ilustre de Lothlórien – acordando em 2010 da nossa era com um notebook ao lado com acesso à internet e, ao navegar ela encontra Twitter, Facebook e Orkut.

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Acredito que sua frase profética do início da saga do anel ficaria mais ou menos assim: “O mundo está mudando. Eu sinto na água. Eu sinto na terra… eu sinto na forma de falar com as pessoas, ao teclar.”

Depois ela voltaria a dormir para acordar novamente em sua era achando muito maluco todas as pessoas conversarem entre si daquela maneira.

Certamente é um fato consumado que conversar com pessoas sem vê-las fisicamente é extremamente comum via internet. E isto evoluiu tanto que criou nichos e estes se estabeleceram em ferramentas chamadas mídias sociais e para lá migraram levando sua população online de objetivos ou gostos semelhantes (as tais redes sociais) até então espalhada e perdida dentro do imenso espaço virtual, encontrando assim seu novo habitat natural.

Em um primeiro momento nós usuários moldamos as mídias sociais de acordo com nossos perfis (ex: Myspace voltado para músicos; Orkut voltado para promoção pessoal, etc.). E agora definidos os espaços, as mais variadas ações interativas em sites corporativos estão sendo testadas e aprovadas pelas empresas, que compartilham informações sobre seu produto ou serviço e pelos usuários ao receberem e também compartilharem estas informações.

Hoje diversas empresas buscam colocar em seu marketing as mídias sociais, que a cada dia se mostram mais poderosas pela rapidez de divulgação do produto ou serviço e também nas conversões financeiras obtidas. E isto reflete diretamente na arquitetura da informação organizando espaços dentro do website ou sistema web, para inserção de conteúdo compartilhado.

Constantemente vejo projetos onde blogs e wikis são partes tão importantes quanto o contato e histórico da empresa. Essa possibilidade de poder conversar mais intimamente com o usuário, gerada pelas mídias sociais é de fato a forma de comunicação virtual que veio para ficar.

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Um exemplo desta “venda” de idéias que as mídias sociais propiciam é o caso de sucesso da NASA: em uma palestra feita para o Global Make Conference (GMC) em 2009, Jeanne Holm, Arquiteta de Gestão de Conhecimento da agência espacial, explicou como conseguiu espalhar todas as linhas de ação da NASA para a população americana, mostrando que não se limitava às missões espaciais, mas também é responsável por projetos voltados para a própria Terra, entre eles pesquisas sobre o meio ambiente e desenvolvimento de tecnologias.

Para esta conscientização, há cerca de quatro anos, Jeanne Holm começou a utilizar as mídias sociais para compartilhar informações e conteúdos relevantes com a população.

Também organizou a arquitetura da informação do website, cedendo espaços estratégicos para que os endereços das mídias sociais utilizadas sejam facilmente encontrados.

Hoje a agência tem mais de 32 perfis oficiais no Twitter, 23 comunidades no FaceBook, 5 perfis no MySpace, 12 canais no YouTube e 4 ilhas no mundo virtual Second Life e para isso ela conta com um time de profissionais de mídia social que trabalham na agência. A divulgação deu tão certo que a previsão é de que o acesso ao site da agência ultrapasse 350 milhões de pessoas por ano.

E mais: para incentivar a participação dos usuários, além dos fóruns foram criados perfis dos astronautas e das missões em andamento que além de tirar dúvidas, contam um pouco do que está acontecendo no espaço. Já no Second Life existem eventos com astronautas em que as pessoas podem participar e conversar com os profissionais.

Para os americanos a NASA não é mais apenas a mítica protagonista de historias de ETs e sim uma excelente empresa amiga e incentivadora desenvolvimentos e pesquisas no planeta e fora dele.

Este tipo de resultado consolida a eficácia da comunicação online e a possibilidade de fomentar negócios por estes canais. Estas estratégias são entendidas e aplicadas pelo marketing online à medida que o conhecimento das práticas de divulgação em redes sociais vai crescendo.

Com isto os projetos de arquitetura de informação precisam estar alinhados com esta nova demanda de comunicação, pois a cada dia que passa muito mais sites tenderão a ceder espaços para estas práticas.

Sim, senhores arquitetos, mais uma coisa extremamente importante (e que vai se tornar em breve indispensável) para integrar à arquitetura: deixar fácil a navegação e o compartilhamento de artigos, vídeos e imagens que o usuário ache interessante.

Ainda em termos de Terra Média, a mídia social inserida dentro do site corporativo ou mesmo em sistemas web, será o “my precious” de muitas empresas e estas farão de tudo para ganhar a atenção do internauta e oferecer seu produto ou serviço. E sempre ganha o mais forte, portanto, estejamos preparados para a jornada.

autor: Íris Ferrera
fonte: [Webinsider]

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